31/08/07

O Menino Triste d'aprés... José Carlos Fernandes - 1


Corria o ano de 2005, e durante o FIBDA desse ano ocorreu-me a seguinte ideia:

Então e se eu desenhasse O Menino Triste no estilo de outros autores?


O primeiro que me ocorreu, porque na altura estava exactamente ao meu lado, foi o José Carlos Fernandes. Depois de lhe ter falado da minha ideia, ele concordou, e dias depois apareci com o desenho que agora podem aqui ver, feito por mim, e deixando apenas um balão para o JCF preencher com a sua mestria.
A cena parodia o Director do Museu Nacional do Acessório e do Irrelevante, Roberto Rosz.


Espero que gostem, e tenho mais alguns já feitos, ao estilo de outros autores (nacionais e internacionais). Todos os meses irei deixar aqui um.

27/08/07

José Gomes Ferreira e O Menino Triste


Aquando das comemorações do centenário do nascimento de José Gomes Ferreira (1900-1985), realizou-se no dia 13 de Setembro de 2001, no Cine-Teatro Tivoli em Lisboa, um Concerto promovido pela C.M.L., em que participaram Armando Vidal ao piano e ainda a Orquestra Metropolitana de Lisboa, com direcção de César Viana.

De entre as obras interpretadas por Armando Vidal, destaca-se uma, um scherzo para piano, composto em 1928 por José Gomes Ferreira, e de nome “Menino Triste”. Esta peça, como aliás quase toda a música para piano de José Gomes Ferreira, foi escrita quando ele foi Cônsul em Kristiansund, na Noruega, entre 1925 e 1929.

Infelizmente não assisti a este concerto, mas a C.M.L. através dos seus Serviços Culturais, ficou de editar em CD (terá já saído?), a gravação do espectáculo realizado exactamente na altura em que era editado o primeiro livro do meu Menino Triste.

Como é óbvio, esta música nada tem a ver com a B.D. do MT, mas gostava de a conhecer. Já agora, se porventura alguém tiver conhecimento desta obra de José Gomes Ferreira, editada em algum CD ou em partitura, e me queira deixar aqui alguma indicação, ficaria imensamente grato.

Quem de certeza poderá saber algo sobre esta peça, como é óbvio, deverá ser o Maestro António Vitorino de Almeida, que participou em Março de 2001 na Academia de Música de Lisboa, numa palestra do ciclo “A Palavra e a Música”, de Homenagem a José Gomes Ferreira. Se alguém o conhecer pessoalmente… ou ao Maestro Armando Vidal...

24/08/07

O Segundo Livro

Eis então cronologicamente chegado o momento de inserir o aparecimento do segundo fanzine d’O Menino Triste, de título “Os Livros”, editado em 2005.
Remeto o leitor para o post sobre O Menino Triste na imprensa – 1.

O Prefácio d'Os Livros foi escrito por um amigo de quem imensamente gostamos: José de Matos-Cruz, e pode ser lido no IMAGINÁRiO 65 de 01 JAN 2006.

Nos próximos posts irei dar a conhecer algumas curiosidades sobre este livro.

O Menino Triste no FunZIP #1













O Funzip é um fanzine que teve a sua origem na colaboração entre o Grupo Entropia e o Grupo Extractus, tendo como principal objectivo o servir de local de compilação de trabalhos de diversos autores portugueses, sendo maioritária a área da Banda Desenhada, mas também inclui trabalhos de Ilustração e mais recentemente de Literatura.

O Menino Triste teve lugar no FunZIP #1, através da história de quatro páginas “micro… Macro”. (clicar nas imagens para ampliar)

O Menino Triste na Imprensa - 1


Embora considere estes posts sobre as notícias saídas na imprensa um pouco egocentristas ;), não resisto em vos mostrar. Vou começar por dois pequenos excertos de outras tantas notícias de carácter mais geral, onde se referencia o segundo livro d'O Menino Triste - "Os Livros".


“[…] Tão simples como comovente é “Os Livros”, a segunda história do “Menino Triste”, personagem criado por João Mascarenhas para regressar à infância, em histórias em que é bem evidente a carga autobiográfica. Recuperando as suas recordações de infância, Mascarenhas assina aqui uma bela homenagem à importância dos livros no imaginário do pequeno leitor que ao tornar-se adulto, não esquece esse mundo mágico da sua infância. Um mundo ao qual se pode sempre voltar abrindo um livro.[…]” João Miguel Lameiras, Diário As Beiras, 10 de Dezembro de 2005, O regresso dos portugueses

[...] há autores (e personagens) portugueses notáveis, que mereciam maior divulgação. A mais recente obra de João Mascarenhas, Os Livros (Extractus), relembra que o seu Menino Triste tem uma qualidade evocativa que não é usual surgir com tanta eficácia.
Tributo em tom de nostalgia poética aos livros, e a algumas das personagens e sensações que marcaram o autor/personagem, Os Livros é uma pequena pérola que vale a pena procurar. [...] João Ramalho Santos, Jornal de Letras, 29 de Março 2006

23/08/07

Referências - 1

Algo que me dá particular prazer quando faço B.D., é utilizar algumas referências, quer gráficas quer literárias das mais variadas fontes. Irei ao longo do Blog, deixar-vos algumas delas, umas mais conhecidas, outras talvez não.

No primeiro livro d'O Menino Triste, uma das referências que utilizei foi uma foto de um dos meus fotógrafos favoritos: Robert Doisneau. A foto foi Le Baiser de l'Hotel de Ville (Paris, 1950). Dado esta parte da acção do livro se passar no início dos anos 1980, fiz as adaptações respectivas.

A imagem original, como todos conhecem é esta:

Coimbra na BD




Aquando da celebração de Coimbra como Capital Nacional da Cultura, em 2003, a Associação Projectos Sequenciais e o Museu da Física da Universidade de Coimbra, realizaram a Exposição Coimbra na Banda Desenhada.




Os comissários da Exposição foram João Paiva Boléo e João Miguel Lameiras. O cartaz foi realizado por François Schulten. A exposição dividiu-se em dois núcleos principais, o primeiro reunindo os mais significativos exemplos da presença de Coimbra em obras de BD nacionais e internacionais, e o segundo centrando-se no livro O Segredo de Coimbra de Étienne Schréder, obra que parte do espólio do Museu de Física para construir uma imagem onírica da cidade.

Dado que o primeiro livro d'O Menino Triste é parcialmente passado em Coimbra, tive a felicidade de o ver entre as obras expostas no primeiro núcleo.


Deixo-vos aqui duas páginas do livro, onde se retrata Coimbra: a zona junto à Via Latina, e o Bar da Associação Académica, onde João Miguel Lameiras conseguiu descobrir um ex-candidato a candidato à presidência da República Portuguesa (lembram-se?), conforme descrito no Catálogo da Exposição, editado pela ASA.

20/08/07

O Menino Smart


Aqui fica uma proposta enviada à SMART, para decoração de um modelo Cabrio.

24h Volta a Portugal em BD


Através do dinamismo que caracteriza o Fernando Madeira, Phermad, foi editado um pequeno livro cujo título está em epígrafe, e no qual colaborei com a história situada entre as 6h00 e as 7h00, de título "Rotina", e passada em Lisboa.

O original é a preto e branco, mas fica aqui uma versão em roxo, para variar.

06/08/07

O Menino Triste, capa de fanzine


Um amigo brasileiro de origem japonesa, Ken, editou há uns tempos um fanzine, de nome “Sardinha Submarina”, no qual teve a gentileza de colocar na capa uma imagem com O Menino Triste. Esta imagem tinha-a feito eu há já alguns anos, aquando das minhas primeiras incursões no mundo vectorial do Flash. Entretanto, o Ken parece que regressou ao Brasil.

Série Filatélica


Aquando do 3º Aniversário da edição d’O Menino Triste (#1) em 2004, foi solicitado aos Correios Franceses – La Poste – a emissão de umas quantas folhas de selos contendo O Menino Triste ao lado do Marsupilami.


Não se trata de nada de excepcional, já que é um serviço público a que qualquer um tem acesso, só que achei que esta emissão filatélica poderia servir como mais uma curiosidade coleccionista em relação ao tema.

02/08/07

Outros Meninos Tristes




Ao longo da História da Banda Desenhada, e da Arte em geral, são diversos os casos de "meninos tristes" que podem ser encontrados.
Refiro apenas três: Shingi Ikari, da série de mangá e animé Evangelion; Anakin Skywalker aqui representado na versão da série animada Clone Wars, derivado da Guerra das Estrelas (Star Wars) e o tão conhecido Peter Pan, de James M. Berrie.
Todas estas personagens não cresceram nos braços das suas mães, tornando-se portanto em Meninos Tristes. As consequências que daí resultaram são, como é conhecido, bastante diversas.
Poderíamos enumerar outros Meninos Tristes, e gostaria de aqui deixar um repto aos leitores do Blog, nesse sentido.

O Primeiro Livro


O Livro "O Menino Triste" começou por ser quase uma brincadeira, sem um objectivo de publicação pré-determinado, e muito menos de ter continuidade, como mais tarde veio a acontecer.
Devo dizer desde já que as histórias d'O Menino Triste não são histórias para crianças, embora possam por elas ser lidas.
Esta primeira história, que originalmente era para ser a única, foca parte da vida d'O Menino Triste, desde a infância até à fase adulta, passando pela Universidade (de Coimbra), pelas motivações, e sobretudo pelo facto de se "ter de crescer", e deixarmos de ser crianças e termos de enfrentar uma realidade muito mais agressiva e muitas das vezes (demasiado) limitativa dos nossos sonhos.
As duas edições deste livro - num total de 1.000 exemplares - estão praticamente esgotadas, podendo-se encontrar alguns dos últimos exemplares em algumas lojas temáticas. Uma amiga nossa (a Ana Laureano) presenteou-nos com a tradução deste livro (e do segundo) para francês. Esta versão será disponibilizada brevemente em formato pdf.
Devo dizer que a reacção das pessoas que iam lendo o livro era muito interessante, afirmando algumas delas que "embora o livro tivesse 16 páginas, ficava-se com a sensação de ter lido uma obra de maior vulto". Foram aliás as "pressões" que "sofri" por parte dos leitores, que me fizeram partir para o segundo livro, de que vos falarei mais tarde.

Origens


Uma das questões que mais me são colocadas é "porque é que o menino é triste?"



O "triste" do nome da personagem não tem de significar necessariamente "deprimido" ou "infeliz". Antes pelo contrário, no caso desta personagem. O "triste tem mais a ver com "preocupação".

Efectivamente, a ideia para o nome surgiu-me da leitura de vários textos de psicologia, onde alguém dizia que quando uma criança cresce na ausência da mãe, ou os seus sonhos não são completamente atingidos, essa criança tem a tendência a tornar-se num criança triste. O que faz com que praticamente todos nós sejamos potenciais "meninos tristes".

Contudo, O Menino Triste é um menino feliz, e o nome é portanto mais uma "figura de estilo" do que uma fatalidade do espírito.

Objectivo


Ao longo deste Blog serão escritos alguns comentários, curiosidades e mostradas algumas imagens sobre a personagem de Banda Desenhada "O Menino Triste", criada por J.Mascarenhas.

Cria-se este Blog no sentido de tentar satisfazer a curiosidade de alguns amigos da personagem (e do autor), que insistentemente procuram saber sobre novas histórias, projectos, e demais actividades d'O Menino Triste.