28/12/08

O Menino Triste no Diário As Beiras



Na sequência do post anterior, aqui estamos a divulgar o artigo de João Miguel Lameiras sobre o livro A Essência, publicado no jornal diário As Beiras, no passado dia 20 de Dezembro. Nesse mesmo dia em que nos deslocámos à livraria Dr. Kartoon, na cidade de Coimbra, e onde fomos recebidos com casa cheia, ou não fosse a Lusa Atenas um dos pilares da formação d'O Menino Triste.

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Reencontros com antigos amigos, novos amigos... parece um cenário que se começa a repetir, felizmente, onde quer que O Menino Triste esteja presente. Espero que assim seja não apenas agora, mas de igual modo no tempo futuro.

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27/12/08

O Menino Triste na Blogosfera


Aproveitando esta pausa entre o Natal e o Novo Ano, vamos aqui colocar algumas coisas que se têm dito a propósito d’O Menino Triste e do seu novo livro A Essência, e que têm chegado ao nosso conhecimento. Tanto em blogues como na imprensa escrita, têm sido diversos os artigos a referi-los.
Assim, começando pelos blogues e para não retirar a hipótese de mais umas visitas aos mesmos, em vez de aqui colocar os respectivos textos, deixo os links daqueles que têm vindo a fazer essas referências, comentários ou críticas.


No blogue Leituras de BD, de Nuno Amado, uma bela crítica (aqui

).
No blogue Alternative Prision, de Gabriel Martins, uma curiosa introdução aos dois fanzines d’O Menino Triste (aqui
).
O blogue Na Terra do Nunca, de Francisco “Pan”, tem mais do que uma entrada referente à personagem; aqui
fica uma delas.

No original BD Tube, de Gustavo Carreira, um vídeo onde se refere A Essência. Muito nos honra que esse tenha sido o primeiro livro a ser referido neste blogue ;)
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The last but not the least, o blogue de Osvaldo de Sousa, Humorgrafe, que além de estar sempre com as novidades do mundo do humor e cartoon, tem apoiado desde sempre O Menino Triste.

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Visitem-nos e tenham umas boas leituras!

Nos posts seguintes iremos fazer referências aos artigos publicados na imprensa escrita.

12/12/08

O Maestro Sacode a Batuta


O maestro sacode a batuta,
E lânguida e triste a música rompe ...

Lembra-me a minha infância, aquele dia
Em que eu brincava ao pé dum muro de quintal
Atirando-lhe com uma bola que tinha dum lado
O deslizar dum cão verde, e do outro lado
Um cavalo azul a correr com um jockey amarelo ...

Prossegue a música, e eis na minha infância
De repente entre mim e o maestro, muro branco,
Vai e vem a bola, ora um cão verde,
Ora um cavalo azul com um jockey amarelo...

Todo o teatro é o meu quintal, a minha infância
Está em todos os lugares e a bola vem a tocar música,
Uma música triste e vaga que passeia no meu quintal
Vestida de cão verde tornando-se jockey amarelo...
(Tão rápida gira a bola entre mim e os músicos...)

Atiro-a de encontra à minha infância e ela
Atravessa o teatro todo que está aos meus pés
A brincar com um jockey amarelo e um cão verde
E um cavalo azul que aparece por cima do muro
Do meu quintal... E a música atira com bolas
À minha infância... E o muro do quintal é feito de gestos
De batuta e rotações confusas de cães verdes
E cavalos azuis e jockeys amarelos ...

Todo o teatro é um muro branco de música
Por onde um cão verde corre atrás de minha saudade
Da minha infância, cavalo azul com um jockey amarelo...

E dum lado para o outro, da direita para a esquerda,
Donde há árvores e entre os ramos ao pé da copa
Com orquestras a tocar música,
Para onde há filas de bolas na loja onde a comprei
E o homem da loja sorri entre as memórias da minha infância...
E a música cessa como um muro que desaba,
A bola rola pelo despenhadeiro dos meus sonhos interrompidos,
E do alto dum cavalo azul, o maestro, jockey amarelo tornando-se preto, Agradece, pousando a batuta em cima da fuga dum muro,
E curva-se, sorrindo, com uma bola branca em cima da cabeça,
Bola branca que lhe desaparece pelas costas abaixo...
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Fernando Pessoa, in "Cancioneiro" (Sexta parte do Poema «Chuva Oblíqua» Publicada em Orpheu, 2, 1915).

07/12/08

A Gastronomia em "A Essência"


Ainda a propósito do livro "A Essência", durante as sessões de autógrafos do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora 2008, houve alguns leitores que me perguntaram pela receita que O Menino Triste faz para um jantar com os seus amigos, e que está referenciada na página 17.
Trata-se de uma receita que tinha inventado há já algum tempo, e que me lembrei de referir no decorrer da história. Pelos vistos abriu a curiosidade e o apetite a alguns. Para os que não tiveram acesso a uma cópia impressa da receita, que acabei por distribuir na parte final do FIBDA, aqui deixo a dita:
Cataplana de Frango com Castanhas e Amêijoas

Ingredientes (4 pessoas):

· 4 peitos de frango cortados em cubos grandes
· 100g bacon em pequenos cubos
· ½ kg de amêijoas (ou conquilhas)
· 400g de castanhas sem pele
· 1 cebola grande em rodelas
· Alhos esmagados (a gosto)
· 2 folhas de louro
· Azeite
· Coentros picados
· Sal (a gosto)

Aquece-se o azeite na cataplana e junta-se a cebola às rodelas. Neste refogado aloura-se o bacon, juntando-se uma folha de louro. Adicionam-se os cubos do frango e fritam-se rapidamente em lume mais vivo. Reduzindo o lume, tapa-se a cataplana e cozinha-se durante 10 minutos. Introduzem-se de seguida as castanhas e o sal. Volta-se a tapar e cozinha-se por mais cerca de 15/20 minutos. Em caso de necessidade juntar um pouco de água.

Separadamente, aquece-se azeite numa frigideira juntamente com os alhos e a outra folha de louro. Quando os alhos estiverem alourados juntam-se as amêijoas e fritam-se até abrirem. Colocar uma pitada de sal. Não se devem cozinhar demasiado as amêijoas, pois podem ficar rijas e com má apresentação.

Quando o frango estiver cozinhado, juntam-se-lhe as amêijoas, os sucos e os alhos, misturando bem. Adicionar nesta altura os coentros picados e cozinhar todo o conjunto por mais 5 minutos em lume brando.

Servir quente.
Bom apetite.